- Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco teve uma vida que pode ser confundida com uma de suas próprias novelas, ou seja, uma vida dramática e tão cheia de atribulações que chega a espelhar as histórias que escreveu.
- O excesso de trabalho, as dificuldades financeiras, os problemas domésticos e a doença (sífilis) que o tornou cego, levaram-no ao suicídio, com tiro de revólver em 1890.
- A sua obra vasta divide-se em 03 fases distintas:
a – os folhetins românticos, passionais e aventurescos;
b – fase realista; criticando caricaturalmente a sociedade e suas hipocrisias;
c – romance rural parece um ressuscitar do espírito clássico do carpe diem.
- Outra curiosidade é que Camilo entrou em polêmica com os naturalistas, por isso, ironicamente fez com que os apetites digestivos, sexuais e pecuniários dominassem todos os principais personagens de algumas obras satíricas.
- Entre 1851 e 1890, e durante quase 40 anos, escreveu mais de duzentas e sessenta obras, com a média superior a 6 por ano, redigidas à pena, logo sem qualquer ajuda mecânica. Prolífico e fecundo escritor deixa obras de referencia na literatura lusitana.
- Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco, não permitiu que a intensa produção prejudicasse a sua beleza idiomática ou mesmo a dimensão do seu vernáculo, transformando-o numa das maiores expressões artísticas e a sua figura num mestre da língua portuguesa. De entre os vários romances, deixou um legado enorme de textos inéditos, comédias, folhetins, poesias, ensaios, prefácios, traduções e cartas – tudo com assinatura própria ou os menos conhecidos pseudónomos.
- Segundo Camilo Castelo Branco, a obra Amor de Perdição é uma obra de ficção baseada na história real de seu tio paterno Simão António Botelho.
Camilo Castelo Branco possuiu vários pseudônimos durante a sua longa carreira de letras, que se dividem nas seguintes datas:
1849
- O cronista
- Fouché
- Ninguém
- Saragocano
1849/51
- Anastácio das Lombrigas
1850/51
- Carolina da Veiga Castelo Branco
1851
- Anacleto dos Coentros
1852
- A.E.I.O.U.Y
- C. da Veiga
- A voz da Verdade
1853
- Visconde de qualquer coisa
1854
- O antigo Juiz das Almas de Campanhã
1855
- José Mendes Enxúdio
- D. Rosária dos Cogumelos
1856/58
- João Júnior
1858
- Manuel Coco
1858/59
- Modesto
1861
- Felizardo
1887
- Egresso Bernardo de Brito Júnior
Sem data
- Arqi-Zero
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